8 de dez. de 2013

Enfrentei o sono, a gripe, a chuva, ônibus, um grupo inteiro de reggae tocando no meu ouvido às oito da manhã, filas, espera, fome... tudo poderia parecer um castigo se eu não estivesse exatamente onde eu deveria estar, se eu não tivesse a certeza que você estava engolindo muito mais do que contratempos, estava engolindo seu orgulho e quebrando com todas as justificativas racionais que diziam que eu não poderia estar ali de mãos dadas com você.
Ali, você estava esquecendo os fatos em nome de algo que não sabemos o que é, mas que vira abraço e olhar, abraço apertado de quem diz “não quero te perder nunca mais” e olhar carinhoso de quem diz “você sabe que nunca me perdeu” e então assim a gente vira um casal, marido e mulher planejado como vamos viver com toda a fortuna que você ira ganhar sendo o homem de negócios todo cheio de responsabilidade que você esta se tornando, e então a gente percebe que realmente a minha blusa de moletom com pom-pom na ponta não combina com seu terno e gravata, mas brinco de ser tua estagiária e convenço, eu sempre convenço, te convenci até mesmo que nada do que fiz de errado vale mais do que aquilo que podemos ter, e você sorri e não percebe que também sorrio enquanto te abraço forte.
Então você me trás de volta pra casa, prometendo que até amanha a saudade já vai te fazer presente, você me deixa na porta de casa, com um beijo e um sorriso, afinal, você sempre sorri e tudo que eu posso dizer é: Obrigada!, e digo esta palavra repetidas vezes durante o resto do dia, sorrindo, porque com você eu sempre sorrio.

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