5 de dez. de 2013

NADA..

Então tudo isso que passa pela minha cabeça numa velocidade incrível, mas que têm todos os detalhes (e cores e cheiros) pra você é a mesma coisa que nada?
Então o encontro depois de um ano inteiro, da forma menos convencional do mundo, é nada? O beijo depois de sei lá quanto tempo é nada? Nossas idas e vindas, querer e não poder, risos e lágrimas, encontros e despedidas.... é nada?
Então tanto faz o tempo ou a saudade, a vontade, o cheiro, a respiração, a pele, o pedido... nada, nada??
Então quer dizer que tanto faz? Que se eu fugir e não voltar nunca mais, se nunca mais você tiver a minha carência cotidiana, a minha voz no teu ouvido, o meu cheiro no teu corpo, minhas mensagens, meu número tocando o teu telefone, minhas palavras desmedidas, minhas mãos, unhas, peito e boca... tanto faz?
Então eu fantasiei, acreditei naquilo que eu não ouvia, fingi que era tudo sincero quando nossos olhos fechavam e não me importei com teu grito mudo dizendo não querer?
Então é só? E tudo que eu tenho é o teu medo engessado na parede do meu quarto, aquilo que eu teimo em olhar e pensar que é passado, que é futuro, que é você?
Então pra você tanto faz? Porque você não guarda nada do nosso passado, não tem nenhuma lembrança, e tudo (ou qualquer coisa) foi sem relevância, carta ruim do baralho, papel jogado fora junto com teu entulho de homem adulto, passado que não volta?
Então é isso?
Então é NADA?

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