6 de jan. de 2014

SABER...

O saber, ao mesmo tempo em que angustia, liberta. Hoje ele me libertou, quase sempre é o contrario.
Tenho uma necessidade de saber que me prende pela laringe, e se eu não engolir tudo aquilo que se apresenta a minha frente, por este mundo que é tão cheio de conhecimentos e músicas e poemas e arte e pessoas e todo o resto - se eu não sugar tudo isto - é como se meu coração não pudesse continuar batucando em melodia suave durante o resto do dia.
Curioso é que no momento exato em que me encho de conhecimentos do mundo meu coração bate no ritmo de um samba rock, porque o momento das descobertas não pode ter um ritmo puro e simples, é mistura, é pensamento confuso, é explosão. Então preciso sentir o bater do coração chegar até o diafragma pra então conseguir soltar a respiração.
Gosto de quando tudo me inquieta. Quando a música sobre o tempo me faz pensar na vida. Quando o poema engraçado me lembra o amor. Quando passa um lírio correndo pelos meus olhos e então é preciso sentir algo mais que o aroma. Quando meu passado me inquieta (ou o teu, ou o nosso, ou o passado do antepassado de um transeunte que de repente cruzou meu caminho). Quando a política, a estética, a ética, o caráter, a coragem, a vida, tudo, tudo e tudo... passa tão rápido e mesmo assim eu vejo que estão ligados (percebe?).
Todas as coisas e quase nada se ligam pelo mesmo fio, aquele da única reta que só pode passar por dois pontos, então é tudo assim tão destinado?
Algumas perguntas só o tempo responde.
Algumas vezes, o tempo é a própria pergunta!

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